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COMPAGAS TESTA NOVOS SUPRIDORES DE GÁS NATURAL NO PARANÁ



Em busca da abertura de mercado, Companhia executa projeto piloto com os supridores Gas Bridge Comercializadora e Tradener

A Compagas firmou no mês de maio novos contratos piloto de suprimento de gás natural com dois supridores, as comercializadoras Gas Bridge Comercializadora e a paranaense Tradener. A iniciativa faz parte de um projeto-teste da Companhia para promover a diversificação na oferta de suprimento para o Paraná, em alinhamento à proposta de abertura do mercado de gás natural no país.

Os contratos preveem a entrega de até 10 mil metros cúbicos por dia de gás para a Compagas, por um prazo de 10 dias, e foram firmados na modalidade interruptível; ou seja, quando a demanda pode ser interrompida ou reativada, diante da disponibilidade de molécula por parte dos supridores. “O gás natural a ser recebido em ambos os contratos é oriundo da Bolívia. No curto prazo, a Companhia não tem expectativa de recebimento do suprimento, dada a confirmação da redução do envio do combustível pelo país vizinho. No entanto, em conjunto com a Tradener e com a Gas Bridge Comercializadora, estamos monitorando a situação e buscando janelas de oportunidade para receber o gás contratado no Paraná”, destaca o diretor-presidente da Compagas, Rafael Lamastra Jr.

É a primeira vez que a Compagas firma contrato com supridores alternativos à Petrobras para fornecimento de gás natural canalizado ao Estado. Lamastra explica que, nesta fase de testes o volume contratado é reduzido devido à indisponibilidade de capacidade de saída de transporte, totalmente ocupada pela Petrobras pela alocação de antigos contratos de transporte. Essa restrição no transporte dificulta, no curto prazo, a viabilização de novos contratos de fornecimento firme, razão pela qual a Companhia busca na modalidade de contratação interruptível uma solução para atrair novos supridores para o Estado. “Nossa última chamada pública para contratação de gás natural resultou, no início deste ano, em um novo contrato com a Petrobras, pois foi o único agente que demonstrou viabilidade de fornecimento firme para garantir a distribuição aos mercados consumidores. No entanto, o contrato foi negociado de forma a permitir contratações futuras com outros supridores. Agora, estamos testando a modalidade de contrato interruptível, de forma a ocupar as lacunas de ociosidade do gasoduto e conseguir viabilizar contratos de maiores volumes e prazos”, destaca.

O presidente da Tradener, Walfrido Avila, destaca o pioneirismo da parceria com a Compagas, “um marco inédito e importante entre empresas paranaenses que têm em comum a preocupação em buscar alternativas para o desenvolvimento do Estado”. A Tradener já atua há 24 anos no mercado livre de energia elétrica e acredita que essa experiência será fundamental para a abertura também de um mercado livre de gás, já previsto em lei. “Recentemente firmamos um contrato para importar gás da Bolívia, e esse contrato de fornecimento à Compagas certamente vai colocar o Paraná em destaque no cenário energético nacional”.

De acordo com o CEO da Gas Bridge Comercializadora, Ricardo Pinto, a missão da empresa é criar uma ponte sustentável entre a oferta e a demanda de gás natural no Brasil. “A operação com a Compagas é o símbolo de uma nova era: juntos estamos inaugurando o caminho de abertura para um ambiente competitivo e delineando o futuro do mercado. O gás é a principal fonte de energia na transição para a economia de baixo carbono, além de garantir a estabilidade e a segurança energética do país”.

A Chamada Pública Coordenada (CP22), lançada em 2021 pelas distribuidoras do Centro-Sul do país para contratação de gás natural, permanece aberta. O objetivo da Compagas é, após a validação dos projetos pilotos com os contratos recém firmados, avançar em negociações com outros potenciais supridores para a aquisição de volumes maiores de gás para o Paraná, por meio de contratos interruptíveis, em complemento ao volume já contratado com a Petrobras, em condições mais competitivas para também beneficiar o consumidor final. “Nossa meta é ter um portfólio de suprimento que permita uma segurança operacional e condições comerciais de maior competitividade do gás natural para os diversos segmentos de consumo, principalmente para a indústria”, finaliza.

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